Sem surpresa, o pedido de recuperação judicial da GT Foods
*Redação
Mesmo existindo clara compreensão pelo mercado financeiro, a recuperação judicial sempre causa uma situação de desconforto quando uma empresa pede esse recurso. Principalmente quando o grupo empresarial aparece no ranking das 100 maiores empresas do Paraná.
Este é o caso da GT Foods, empresa maringaense que fechou 2014 com o faturamento bruto de R$ 1,4 bilhão e tendo seu principal gestor, Ciliomar Tortola, como investidor condecorado com o título de Empresário do Ano em recente evento empresarial em Maringá.
A estabilidade histórica do grupo era incontestável. Frangos Canção começou com Tortola deixando o banco que que trabalhava, o Bamerindus, e montando, com o amigo Rogério Martini Gonçalves, uma pequena granja de 20 mil frangos. Anos depois se tornou GTFoods, ampliou a área de atuação.
O título de Empresário do Ano, ao empresário Ciliomar Tortolla foi em razão da sóilida estabilidade do Grupo GT Foods, que conta atualmente com 11 mil empregados, 26 unidades industriais, abate 750 mil frangos/dia e exporta para 90 países. Criado em 2011, o Grupo GTFoods hoje também detém as marcas Canção Alimentos, Frangos Canção, Gold Frango, Mister Frango e Bellaves
Os idealizadores da concessão do título ao empresário Ciliomar Tortola tinham consciência das dificuldades do Grupo comandado pelo “Empresário do Ano”. Quando a reportagem da RCP ligou os organizadores se seria mantida a solenidade apesar dos rumores que chegaram às redações sobre as dificuldades financeiras do grupo, recebeu o parecer favorável.
Somente a título recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Em nota pública, o grupo avícola diz que o aumento dos custos de produção, especialmente do milho e da soja, juntando à redução do consumo com a crise política e econômica, levaram a empresa a tomar a decisão de pedir a recuperação judicial.
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