Delegada de polícia da 9a. SDP já brilhou na passarela
Esse é um dos mais de 50 episódios registrados no livro "Eu Jornalista-50 anos de história". Foi um desfile de modas inédito, inesquecível e surpreendente para a época
Foto: Blog do Rigon
Ia passando despercebido e se não fosse a ampla cobertura que setores da imprensa deram a um recente desfile de modas em um shopping da cidade, quando mulheres em tratamento de câncer desfilaram na passarela, esse episódio, registrado na virada de década de 1970/1980 não seria registrado nesta edição dos meus 50 anos de jornalismo. Aproveitando o prestígio e popularidade como jornalista, foi nessa fase que montei uma das primeiras agências de manequins e modelos, a JC Manequins, com curso profissionalizante da categoria e registro no Ministério do Trabalho, DRT Paraná. A escola formou mais de 30 profissionais com registro em carteira. Durante a FLIM 2022, tive o prazer de reencontrar 3 delas, hoje charmosas e elegantes senhoras bem casadas.
Entre 1978 e 1980 recebi um pedido para promover um desfile filantrópico para arrecadar fundos a uma obra assistencial. Acho que foi da Irmã Firmina, de doce memória, diretora do Lar dos Velhinhos. Conversei com alguns modelos e com razão, todas queriam cachê. Também estava com dificuldade para encontrar o local ideal para realizar o evento. Foi aí que resolvi convidar damas da sociedade maringaense, para que, sem cachê, subissem a passarela. Como cenário, um tablado improvisado em uma das alas do segundo pavimento do Supermercado Musamar, onde hoje funciona o Condor. Fiquei impressionado com a receptividade do convite e o alto espírito de altruísmo das figuras femininas convidadas.
Foram 10 ou 11 mulheres na passarela e entre elas D. Branca de Jesus Camargo Vieira, esposa do prefeito João Paulino, socialite Walquiria Fontes, Delegada Elza da Silva, da 9ª. SDP, D. Luiza Fontes, considerada a Dama da Filantropia, d. Odair Melnick, esposa do promotor público Lauro Melnick e ainda a professora Ana Cardoso, mãe de meus filhos que nos deixou em 1984 mas que sempre apoiava as “loucuras” de seu marido. Não consegui lembrar os nomes de algumas manequins desse desfile, mas me recordo de uma médica que era ginecologista da professora Ana e da posição firme da Irmã Firmina em não subir na passarela, pois sua ordem religiosa poderia dar algum tipo de penalização. Compreensível.
Como estou ilustrando esse episódio destacando em foto uma das personagens, a Dra. Elza da Silva, eis um breve relato de sua marcante passagem aqui pela polícia civil de Maringá. A Delegacia da Mulher foi instalada na cidade há mais de 40 anos, e nesse longo período foi sempre dirigida, ou pelo menos pela maior parte do tempo por uma mulher. A primeira a ocupar o cargo foi a histórica Dra. Elza da Silva. Foi ela que abriu as portas para inúmeras conquistas humanas que mudaram o panorama do atendimento de mulheres vítimas de violência. Para encerrar essa crônica, quero registrar minha admiração e respeito a todas as mulheres, algumas de saudosas memórias, que como essas citadas, rompem barreiras que na época desta narrativa, eram tidas como barreiras
Tags: #Moda #desfile #livro #Eu-Jornalista #delegada

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