Uma outra narrativa sobre a geada negra de 1975
Capítulo extraído do livro Eu, jornalista- 50 anos de história, no prelo
*Por Joel Cardoso.
Texto extraído do livro
"Eu, jornalista-50 anos de história"
no prelo
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Quando cheguei em Maringá em 1972 o café era a principal fonte de riqueza na região noroeste, entre Londrina e Maringá, inspirando inclusive a unificação das três rodovias (Rodovia Londrina - Maringá (BR 376 - PR 444 - BR 369) como a Rodovia do Café. No esporte, quando o Grêmio de Maringá (Galo) jogava contra o Esporte Clube Londrina (Tubarão), os cronistas esportivos denominavam a partida como o “Clássico do Café”, denominação ainda mantida por torcedores saudosistas. O Paraná chegou ser responsável por 50% da produção nacional de café. Eram 1,8 milhão de hectares e 20 milhões de sacas colhidas por ano.
A realidade mudou depois que as temperaturas extremamente baixas daquele inverno queimaram os grãos na maioria das plantações. Segundo estimativa da época do IBC, 300 mil hectares de café foram destruídos em um ano. Naquele cenário, jamais poderia imaginar que entre os dias 17, 18 e 19 de julho, os termômetros iriam registar temperaturas tão baixas. Segundo dados do IBC ,(Instituto Brasileiro do Café), -3,5º em abrigos e – 9º na relva. Pensei com meus botões: “nem em Campos do Jordão passei tanto frio” lembrando as minhas frequentes visitas à aquela estância climática em razão da proximidade com minha cidade natal (S.J dos Campos-SP)
No início da carreira e ainda com pouco conhecimento com temas do setor primário da economia, não foi difícil projetar que o trágico episódio serviu como justificativa do fim da monocultura do café, versão que também se encontra disseminada na memória coletiva. No olho do furacão estava Jaime Canet Júnior, que havia assumido o governo quatro meses antes. A tragédia acabou abrindo caminho para a diversificação e novas culturas, como as da soja, trigo, milho, além da agropecuária e o crescimento das cooperativas de crédito. E o Paraná passou a ser líder ou destaque na produção de 13 dos 15 principais produtos agrícolas do País.
Tags: Literatura, Livros

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