Dar ou não dar esmola, eis a questão

Foto: Divulgação com adaptações da RCP

A campanha, da ACIM, lançada em abril passado “não dê esmola” continua. Sempre que aumenta a quantidade de pedintes nas ruas e cruzamentos, a entidade aciona sua plataforma midiática para que a campanha, com duração infinita, não caia no esquecimento. Na realidade, é uma campanha mais institucional que de conscientização social, pois pega carona nas ações que a prefeitura, através do SASC, fazem de forma ininterrupta. Só falta a ACIM restaurar as placas que existiam ou estão se deteriorando, em alguns cruzamentos da cidade com a informação “Não dê Esmolas”.

As discussões que envolvem este tema dividem opiniões. Não existe campanha alguma que iniba o ato de dar esmola a um pedinte de rua. Esse grupo de pessoas estão conscientes que pode ser a única forma de determinadas pessoas fazerem suas refeições ou levar alimentos para sua família para saciar a fome, que é imediata. “Quem tem fome, tem pressa”, já dizia nosso saudoso Betinho, uma das principais lideranças da luta pela segurança alimentar no Brasil. Não pode esperar a burocracia de um cadastro de entidades para receber auxílio.

Para outro grupo, a esmola pode até aliviar situações de extrema necessidade, mas não contribui para transformar a condição social de uma parcela extremamente empobrecida da população. Como disse um religioso, “cada um decide de acordo com sua consciência”. Ele reforça seu argumento dizendo que uma pessoa que está passando extrema necessidade escolheu pedir ajuda na rua e não roubar