Cadê o carnaval da década de 1980? O tempo apagou
Acreditem, Sarandauê, da vizinha Sarandi, era a escola de samba que reinava absoluta no carnaval maringaense
O Carnaval chega como uma explosão de cores, ritmos e alegrias, preenchendo as ruas com uma energia contagiante que parece transcender o próprio tempo. É uma festa convidativa para celebrar a vida, dançar ao som das batidas frenéticas, criando uma magia abstrata no mundo das fantasias e, eventualmente, dos encontros efêmeros. Mas a intensidade e envolvimento da população no reinado de momo tem suas próprias dimensões em cada cidade ou capital brasileira.
Entre a década de 1980 e 1990, Maringá foi polo carnavalesco da região metropolitana. Havia rei momo, rainha do carnaval, desfile e competição entre escolas de samba e nos clubes, a grande disputa entre os clubes sociais que promoviam noites e matinés de carnaval. Country, Olímpico, Maringá Clube, Teuto e Acema eram os principais protagonistas. A motivação era a eleição promovida pela Folha do Norte, através da coluna social sob minha responsabilidade editorial.
Nessa época, por percorrer todos os clubes com a equipe de reportagem, algumas vezes compondo o staff do rei momo, ficava sob minha responsabilidade jornalística eleger, o carnaval mais animado e o melhor grupo musical e entregar, como Oconcur, o título de carnaval mais elegante para o Maringá Clube. No carnaval de rua, era tradicional a disputa de duas escolas de samba, uma de Maringá (não me recordo o nome) e a outra de Sarandi, a Sarandauê, que vencia todos os concursos da época.
Entretanto, mesmo em sua época de glória carnavalesca, Maringá nunca obteve tradição em promover o melhor carnaval do interior paranaense. A fama pertencia ao carnaval de rua de Cornélio Procópio, no norte paranaense, onde, a convite da Prefeitura, tive oportunidade de compor a comissão julgadora do desfile de rua por dois anos consecutivos. Isso depois que o carnaval maringaense foi perdendo sua intensidade e outras cidades, como Campo Mourão, iam aperfeiçoando o reinado de momo.
Hoje, resta os saudosistas assistir as transmissões do carnaval do Rio de Janeiro, famoso pelos desfiles das escolas de samba; da Bahia com seus trios elétricos atraem milhões de foliões todos os anos; e flashes em outros Estados, como Pernambuco e Minas Gerais, onde o carnaval de rua é o mais popular. Quem teve oportunidade de assistir algumas exibições das escolas de samba de São Paulo podem ter notado que todas parecem tocar iguais, têm integrantes que não fazem mais parte da comunidade. São artistas globais, que fazem parte do espetáculo.
*Joel Cardoso
Crônica baseada no livro
Eu Jornalista- 50 anos de histórias
Tags: #livro, #Jornalista #carnaval #1980

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