Cris Lauer pode ser a primeira vereadora cassada em Maringá
Vereadora enfrenta dois processos que pedem sua cassação, um na Câmara e outro na Justiça
Na noite de segunda-feira (22), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) da Câmara de Maringá realizou a leitura do relatório do processo que pede a cassação da vereadora Cris Lauer, eleita pelo PSC e atualmente filiada ao NOVO. O relator, vereador Onivaldo Barris, apontou no documento a quebra de decoro parlamentar. Com a divulgação do relatório, o processo que tramitava de forma restrita torna-se público.
O vereador Rafael Roza (NOVO) pediu vista do processo e tem dois dias para avaliar novamente o documento antes da sessão de votação do relatório pelos membros do CEDP. O julgamento do pedido de cassação, dessa vez público e com a presença de todos os vereadores, deverá ser realizado na próxima semana. Se Lauer for condenada, ela será a primeira parlamentar maringaense a perder o mandato na Câmara de Maringá e não poderá concorrer às eleições de outubro.
ENTENDA
A representação contra a vereadora foi feita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que a acusou de atos incompatíveis com a ética e o decoro parlamentar, puníveis com a perda do mandato, conforme os incisos I e II do artigo 4º do Código de Ética e Decoro Parlamentar. O documento protocolado na Câmara menciona uma decisão do juiz Mário Augusto Matias Perroni sobre um inquérito civil do Ministério Público do Paraná (MPPR) contra a vereadora Cristianne Costa Lauer e seu ex-chefe de gabinete, Bruno Gimenes Di Lascio.
As investigações revelaram que Di Lascio, que já atuava como advogado particular de Lauer, continuou a defendê-la em diversos processos mesmo após ser contratado como chefe de gabinete. Ele deixou de receber honorários advocatícios e passou a receber apenas seu salário de gabinete, o que foi considerado irregular pelo Ministério Público. O MP concluiu que a vereadora cometeu improbidade administrativa ao utilizar um servidor público para fins particulares.
O promotor de Justiça Leonardo da Silva Vilhena pediu a perda do mandato de Lauer, a perda de seus direitos políticos por até 14 anos e a devolução de cerca de R$ 20 mil (corrigidos) aos cofres públicos, baseada na Lei 8.429/92. O documento apresentado ao Legislativo destaca a gravidade dos fatos e defende que a perda do mandato da vereadora é justificada, mesmo antes de uma decisão judicial definitiva.
A situação de Cris Lauer ganhou repercussão significativa na mídia local e nas redes sociais. Muitos cidadãos maringaenses expressaram suas opiniões sobre o caso, divididos entre aqueles que apoiam a vereadora e acreditam em sua inocência e aqueles que defendem a cassação como uma medida necessária para preservar a ética na política.
REPERCUSSÃO E PRÓXIMOS PASSOS
Caso a cassação seja aprovada pelo CEDP e confirmada pela Câmara de Maringá, Cris Lauer será a primeira vereadora na história da cidade a perder seu mandato por quebra de decoro parlamentar. Isso não apenas impedirá sua participação nas próximas eleições, mas também poderá impactar significativamente sua carreira política a longo prazo.
Tags: Cris Lauer improbidade administrativa Partido dos Trabalhadores Maringá cassação perda de direitos Políticos

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