Motoristas do transporte coletivo de Maringá iniciam greve por tempo indeterminado

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Os motoristas das empresas Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e Cidade Verde, responsáveis pelo serviço de ônibus urbanos e metropolitanos em Maringá e região, iniciaram nesta quinta-feira (10) uma greve por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada em assembleia realizada na noite anterior, no Terminal Intermodal, em votação secreta organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Maringá (Sinttromar).

A quantidade mínima de ônibus que deverá continuar circulando será definida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que acompanha o caso. A decisão dos trabalhadores ocorre após a rejeição da proposta apresentada pelas empresas durante uma audiência de mediação promovida pela Justiça do Trabalho.

Na assembleia, a maioria dos motoristas das duas empresas votou a favor da paralisação. Na Cidade Verde, foram 112 votos favoráveis e 18 contrários. Já entre os trabalhadores da TCCC, 205 se manifestaram a favor da greve, contra 84 que votaram contra.

Com a deflagração do movimento grevista, todos os serviços prestados pelas duas operadoras devem ser afetados a partir das primeiras horas desta quinta-feira, impactando diretamente os usuários do sistema de transporte coletivo da cidade e região.

Uma nova audiência de conciliação entre sindicato e empresas está agendada para esta quinta-feira (10), novamente sob mediação da Justiça do Trabalho. A expectativa é que um acordo possa ser alcançado para pôr fim à greve.

Entre os principais pontos de impasse está a ausência de um plano de saúde para os trabalhadores, uma das reivindicações centrais do Acordo Coletivo de Trabalho. Em reunião realizada na terça-feira (8), a Prefeitura de Maringá comprometeu-se a apresentar, no prazo de até 60 dias, um estudo sobre a viabilidade da concessão do benefício aos funcionários da TCCC. No caso dos trabalhadores da Cidade Verde, a responsabilidade é do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Outro tema em discussão é a redução do intervalo intrajornada. Ficou acertada a criação de um grupo de trabalho, com representantes do sindicato, da prefeitura e das empresas, para avaliar a possibilidade de diminuir esse tempo de pausa, o que, caso aprovado, pode exigir a contratação de mais profissionais para compensar a mudança. (com informações do Jornal do Povo)