Cris Lauer perde mandato e entra para a história da CMM como a 1a vereadora cassada
Ironia do destino. ela foi a vereadora mais votada nas últimas eleições
O ciclo político de Cris Lauer (Novo) chegou ao fim na tarde desta quarta-feira (27), quando a Câmara de Maringá aprovou, por 20 votos a 2, a cassação de seu mandato por improbidade administrativa, configurada como enriquecimento ilícito. O resultado marca um contraste histórico: a vereadora que obteve a maior votação da cidade em 2020, com 7.531 votos, tornou-se também a primeira parlamentar da Casa a ter o mandato cassado.
Durante os quatro anos e meio de legislatura, Lauer não construiu alianças políticas e acabou rompendo até com colegas com quem poderia ter mantido uma convivência cordial. Na sessão decisiva, ela não compareceu para se defender das acusações e tampouco apresentou representação por meio de advogado, apesar da possibilidade de sustentação remota ter sido cogitada. Apenas Daniel Malvezzi, do próprio partido, e Giselli Bianchini (PP) votaram contra a cassação. Os demais parlamentares acompanharam o parecer do relator da Comissão Processante, vereador Sidnei Telles (Podemos).
A denúncia que resultou na perda do mandato foi apresentada pelo advogado e cidadão maringaense Kim Rafael Serena Antunes, após condenação judicial de Lauer por utilizar indevidamente o então chefe de gabinete, também advogado, em sua defesa particular. Os honorários, entretanto, eram absorvidos pelo salário do cargo público, configurando uso irregular de recursos da Câmara.
Embora inicialmente arquivada pela Mesa Diretora, a representação acabou chegando ao Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a legitimidade do pedido com base no Decreto-Lei nº 201/1967. Após a decisão, uma Comissão Processante foi instaurada e ouviu testemunhas antes de encaminhar o relatório final ao plenário.
Nos últimos dias, Lauer intensificou críticas e ataques em suas redes sociais, sobretudo contra o relator Sidnei Telles. Ainda assim, os vereadores decidiram absolvê-la das acusações de quebra de decoro parlamentar relacionadas a essas ofensas, seguindo a recomendação do próprio relator.
Com a cassação confirmada, a cadeira deixada por Cris Lauer será ocupada pelo professor José Carlos Pacífico, primeiro suplente do Novo, que recebeu 1.612 votos nas últimas eleições. A posse, porém, depende de homologação pela Justiça Eleitoral e convocação oficial da Mesa Diretora.
Tags: Cris Lauer Câmara de Maringá improbidade administrativa cassação

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